Resenha (027): Os Senhores do Norte (As Crônicas Saxônicas - Livro 3)

sexta-feira, 8 de março de 2013

Resenha (027): Os Senhores do Norte (As Crônicas Saxônicas - Livro 3)

Título Original: The Lords of the North - The Saxon Stories - Book 3 (CORNWELL, Bernard).
Gênero: Romance Histórico
Editora Record, 350 páginas

**** ATENÇÃO: Por ser resenha de uma série de livros, a mesma pode conter descrições ou comentários que você considere como SPOILER.

Após a batalha bem sucedida ao lado do rei Alfredo contra os dinamarqueses em o Cavaleiro da Morte, que assegurou Wessex como único reino independente da Inglaterra, nosso herói Uthred  resolve retornar às suas origens.
O autor direciona Uthred para o norte, especificamente para a Nortúmbria, lugar onde situa-se Bebbanburg, que é sua terra por direito e que fora tomada por seu tio.

Eis que retornando ao local, Uthred depara-se com um cenário caótico e tomado pela barbárie. Pessoas vivendo em meio ao terror, sendo vendidas, escravizadas e saqueadas.
Em meio a essa situação, Uthred conhece Guthred, ex-escravo determinado a tornar-se rei da Nortúmbria. No início o nosso herói não coloca muita fé nos ideais do rapaz, mas no fim acaba jurando lealdade a ele na conquista pelo trono.

Todo caos que havia instalado-se ao norte tinha um nome: Kjartan, o Cruel, assassino de seu pai de criação Ragnar, e que mantém sua irmã de criação, Thrya, como prisioneira. O principal objetivo de Uthred: destruir Kjartan não só para ajudar Guthred a manter-se no trono como também para vingar-se do que Kjartan e seu filho, Sven, o Caolho, haviam feito anos atrás.

Dentre os três primeiros livros, o terceiro volume da série é o que menos possui ação em se tratando de batalhas. Em compensação, é de uma riqueza muito grande  em se tratando de conflitos de dogmas: Guthred era um rei bom, mas não um bom rei. Apesar de ser dinamarquês e ter passado a vida toda convivendo com pagãos, o jovem acreditava muito na "magia cristã", como ele mesmo dizia. Ao contrário de Alfredo, Guthred não era devoto, e sim temeroso. No decorrer da trama o mesmo quase fica à beira de uma rebelião, uma vez que cobrava dízimo também dos pagãos, e sempre acabava favorecendo mais os cristãos.

Além do conflito de dogmas, há também o conflito envolvendo a honra: De um lado Kjartan e Sven, traidores de seu senhor, earl Ragnar, o Velho e que mantinham Thyra como prisioneira. De outro, Uthred e Ragnar, o Jovem, ambos com sede de vingança buscando resgatar Thyra de todo sofrimento que passara nas mãos de Kjartan e Sven.
Sim, eu não contei que durante o massacre ao povo de Ragnar, o Velho, um descendente havia sobrevivido: Ragnar, o Jovem, um rapaz tão bem humorado e bom guerreiro quanto o pai, amigo e irmão de criação de Uthred. A partir daí, pode-se perceber que essa batalha promete! E eu paro por aqui, pra não dar mais detalhes a vocês.

No terceiro volume da série, Bernard Cornwell continua nos levando a um cenário repleto de surpresas, emoções, rixas de sangue, honra e claro, sempre mesclando a acontecimentos históricos, uma vez que Guthred realmente existiu e governou a Nortúmbria.

Confesso que apesar de achar que o terceiro volume da série é o que menos possui ação, dentre os três primeiros tornou-se o meu favorito, pois é nele que desenrolam-se alguns fatos que ocorriam desde o início da trama.
Embora, como havia dito anteriormente, haja uma grande rotatividade de personagens, o autor não deixa por menos e acaba sempre trazendo personagens uns mais cativantes que os outros. E claro, não podemos esquecer de Uthred, que a cada volume fica mais feroz, arrogante, sarcástico, voraz e brutal. Quem começa a ler a série está sempre querendo mais, sempre querendo saber o que as três fiandeiras reservam ao nosso herói (ou anti-herói, acredito que aplica-se melhor a ele) Uthred na história.

E essa foi a resenha de hoje. Espero que tenham gostado! E como sempre, não deixem de comentar.

Leia também:
O Último Reino (As Crônicas Saxônicas: Livro 1)
O Cavaleiro da Morte (As Crônicas Saxônicas: Livro 2)

6 comentários:

  1. Nem vou ler a resenha por causa dos spoilers, pois tenho MUITA vontade de ler essa série. Só li um livro do Cornwell, que foi o Rei do Inverno. Achei bem legal, principalmente a forma como ele trata a magia. Mas a série dele que tenho mais vontade de ler é A Busca do Graal, parece ser muito boa.

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  2. As Crônicas Saxônicas são as primeiras obras do Cornwell que eu li. E pretendo ler muito mais ainda dele! A Busca do Graal também me chama muito a atenção, provavelmente minha próxima leitura do autor vai ser essa.

    Comecei a ler essa série e não parei mais... envolve muito a gente, super recomendo!

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  3. Para mim a ordem do que eu mais gosto é Cronicas Saxônicas > Cronicas de Artur > Trilogia do Graal. Mas claro que isso depende do contesto histórico que tu mais gosta, e por que cada livro os personagens são bem diferentes. Ainda tenho que ler As Aventuras de Sharpe mas isso vai ter que esperar porque ainda dele tenho interesse em ler os livros do box O Imperador, outro autor, que conta a história um pouco antes das Cronicas de Artur.

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  4. Pois é, como eu ainda não li os outros, não tenho como definir um favorito... mas as Crônicas Saxônicas me cativou bastante, isso eu posso dizer. Não só por simpatizar com o período histórico, mas também porque fiquei fã do Uthred. HAHAHA
    Já vi esse box O Imperador à venda no submarino, tá na minha lista de futuras compras... gostei da sinopse!

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  5. Esse foi o livro que eu "menos" gostei dos 6 lançados até agora. São poucas partes de ação e a narrativa vai se enrolando um pouco até o final do livro, mas vale a pena dar uma lida!

    Abraços.

    http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2012/08/resenha-os-senhores-do-norte-bernard.html

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  6. Eu gostei dele pelo fato de ter finalmente desenrolado o conflito entre Kjartan e Ragnar! Achei a luta entre os dois brilhante, valeu o livro todo. :D

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