Resenha (030): Clube da Luta

sexta-feira, 22 de março de 2013

Resenha (030): Clube da Luta

Título Original: Fight Club (PALAHNIUK, Chuck)
Gênero: Suspense/Drama
Editora Leya, 272 páginas.

Sinopse: Considerado um clássico moderno desde sua publicação em 1996, o livro Clube da Luta consagrou Chuck Palahniuk como um dos mais importantes e criativos autores contemporâneos, além do próprio livro como um cânone da cultura pop. O livro que estava esgotado há anos volta às livrarias nessa caprichada edição. O clube da luta é idealizado por Tyler Durden, que acha que encontrou uma maneira de viver fora dos limites da sociedade e das regras sem sentido. Mas o que está por vir de sua mente pode piorar muito daqui para frente. O livro foi filmado em 1999, Por David Fincher (Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, A Rede Social), que possui duas nomeações ao Oscar, que conseguiu adaptar toda atmosfera do livro, o mundo caótico do personagem e o humor negro de Palahniuk em uma trama recebida com inúmeros elogios pela crítica e pelo público que conta com os atores Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter.

Hoje eu já começo quebrando as duas primeiras regras do Clube da Luta: Você não fala sobre o clube da luta.

O personagem em questão é um cidadão comum, com seu emprego, seu apartamento comum, seus bens comuns e suas férias de verão. Ele já não tem certeza se é essa a vida que gostaria de levar. Sofria de insônia. Invejava as pessoas cuja vida ultrapassava esses padrões. Invejava a morte. 
Na busca por algo novo em sua vida e pela cura de sua insatisfação com a mesma, ele conhece Marla Singer. E, por conhecer Marla Singer, ele necessitou conhecer Tyler Durden.

Tyler, um cara imponente, perspicaz e persuasivo, que tem uma visão incomum a respeito da sociedade e que odeia padrões. Tudo o que o nosso personagem gostaria de ser.
Tyler é o tipo de cara que vai urinar na sua sopa enquanto você não vê. Que vai fazer sabão com a gordura da sua mãe.  Que vai fazer bombas com os resíduos do seu sabão e explodir a sua casa ou o seu local de trabalho. Que vai matar o seu chefe. E que vai conseguir trazer pessoas para o lado dele. Pessoas dispostas a seguirem tudo o que ele diz cegamente. Esse é Tyler Durden: o Fundador do Clube da Luta e suas regras. O cara que fez as coisas ficarem fora de controle.

O livro pode parecer confuso inicialmente, mas as coisas começam a criar forma e sentido aos poucos. Demorei a perceber que aquilo não se tratava de uma narrativa em primeira pessoa. Na realidade, a intenção do autor era que nós vivêssemos o personagem em meio a seus pensamentos. Em um momento estamos vivenciando determinada situação. Piscamos os olhos e puff! Estamos em um local diferente, em uma situação diferente. Aí você se pergunta, surpreso: "Minha nossa, o que foi aquilo?!" e segue lendo. 

Apesar do nome do livro ser "Clube da Luta", as lutas são os momentos menos descritos no livro (ao contrário do filme). De cara o autor deixa claro que o propósito do Clube não é lutar por lutar, por bater, por violência. 
Na realidade, a palavra-chave do Clube da Luta deveria ser libertação. É libertar-se do que o deixa puto, é libertar-se dos seus medos, dos seus arrependimentos, das suas dores, dos seus anseios. Por fora  a pessoa sai em frangalhos, arrebentada, sangrando e faltando uns dentes; por dentro, sai renovada.

Em Clube da Luta, Chuck, através de sua crítica intensa, ácida e com uma pitada de sarcasmo nos proporciona uma grande reflexão a respeito da sociedade e principalmente de nós mesmos. O foco do livro é tratar da sociedade como um todo, incluindo nela suas deficiências e seus vícios. É um questionamento a respeito do quanto vale a nossa vida. Olhe a sua volta, do que você quer se libertar? Pelo que você quer lutar? No que você acredita?
Posso dizer que depois que terminei de ler esse livro me tornei a renovação de Joe.

Espero que tenham gostado da resenha de hoje, pessoal. Não deixe de comentar!

4 comentários:

  1. Parece ser bom esse livro, dá um tom mais sério ao filme, que se focou apenas nas lutas xD
    Ótima resenha :D

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  2. Obrigada :D
    O livro é muito bom, mesmo. Recomendo tu ler ele, Nil!
    bjo

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  3. Adoro o filme e sempre tive vontade de ler o livro. Assim que tiver oportunidade, lerei <3 http://uma-estranhanoninho.blogspot.com.br/

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  4. Leia mesmo! Tão bom quanto o filme :D
    Abraço!

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