Resenha (040): O Lobo das Planícies (O Conquistador, livro I)

sábado, 27 de abril de 2013

Resenha (040): O Lobo das Planícies (O Conquistador, livro I)

Título Original: Wolf of the plains
Autor: IGGULDEN, Con.
Gênero: Romance Histórico
Editora Record, 420 páginas.



Sinopse: "Temujin tinha apenas 11 anos quando seu pai foi morto. Filho do líder da tribo, o menino foi então abandonado, e começou a vagar pelas planícies. Em pouco tempo, Temujin dominava o arco-e-flecha, demonstrando grande habilidade com armas. Reunindo outros excluídos como ele, logo dominaria diversas tribos. A grande jornada apenas começava, um novo imperador estava nascendo - Gêngis Khan. O lobo das planícies é o primeiro volume da série O Conquistador, que recria a saga do imperador mongol Gêngis Khan e de seus descendentes."


Bom pessoal, primeiramente: que bom estar de volta! Andei um pouco sumida, mas felizmente sobrou um tempinho para fazer uma resenha. E hoje eu retorno com mais um romance histórico: O primeiro volume da série O Conquistador, que trata da vida e legado de Gêngis Khan.

O primeiro volume da série conta como o jovem Temujin, seus irmãos e sua mãe sobreviveram ao castigante inverno nas planícies, depois que o homem de confiança de seu pai os traiu, tomando o lugar de cã e expulsando a família de seu antecessor Yesugei (morto em uma emboscada) da tribo dos lobos.

O tempo passa, Temujin cresce e suas habilidades aumentam, só comprovando que seria o sucessor perfeito de seu pai. Seu carisma e senso de justiça, assim como seu pai, acaba reunindo vários seguidores (inicialmente também excluídos de outras tribos). Em pouco tempo Temujin acaba conquistando a admiração de muitas tribos, tomando assim várias delas sob seu comando só nesse primeiro volume (não vou entrar em muitos detalhes por causa do spoiler).

E assim se inicia a saga de Gêngis Khan, que viria a ser o chefe mongol responsável pelo maior império em extensão que a história já viu, chegando a  20 milhões de km², o equivalente a 2,3 vezes o território brasileiro (terra PRA CARAMBA!), conquistando as tribos rivais (inclusive a China) e unificando o império mongol.


Confesso que como grande fã da história de Gêngis Khan, eu senti falta de um maior detalhamento a respeito da transição dele como cã. Foi tudo muito de repente: a parte inicial, que conta sobre o tempo em que ele passa nas planícies, sobrevivendo ao lado da mãe e irmãos toma um bocado do livro, deixando pouco espaço para a parte que, na minha opinião, realmente interessa.
Também senti falta de uma maior complexidade com relação aos personagens: confesso que a maioria não me cativou de certa forma. Alguns possuíam personalidades e atitudes muito parecidas, e outros eram extremamente previsíveis, dando a impressão de que o autor não se esforçou muito pela singularidade dos demais personagens (a não ser o próprio Temujin).

O ponto positivo do livro é que muito pouco o autor fugiu dos fatos históricos. Isso costuma acontecer bastante em livros do gênero, uma vez que muitos autores esquecem do histórico e dão mais ênfase ao romance, muitas vezes modificando a história de forma absurda. Conn soube mesclar estória e história extremamente bem, criando uma homogeneidade perfeita entre a ficção e os fatos. Ponto pro Conn!
Fora isso, o livro também é muito bem escrito, e não se pode negar que o autor fez o dever de casa, realizando um árduo estudo a respeito não só da vida de Gêngis Khan como também do estilo de vida mongol, nos trazendo um romance rico em detalhes e informações, proporcionando assim não apenas entretenimento como também conhecimento.

Apesar de não ter superado tanto as minhas expectativas, o livro foi um bom passo inicial para me fazer ler os próximos. Já estou no segundo volume, e o que eu posso dizer é: aí vem coisa boa! Aguardem!


"A maior alegria que um homem pode ter é conquistar seus inimigos e persegui-los. Montar seus cavalos e tomar suas posses, ver o rosto de seus entes queridos cobertos de lágrimas e apertar nos braços suas mulheres e suas filhas."
-Gêngis Khan -


"Temujin não era cruel, mas era implacável com seus inimigos. Era alto para um mongol, com 'olhos de gato'. Mesmo em meio a um povo rijo, era conhecido pela capacidade de suportar o calor e o frio, e era indiferente aos ferimentos."

" O fato de ser traído por aqueles em quem confiava parece ter  incendiado uma fagulha de vingança  em Temujim, um desejo de poder que  nunca  o abandonou. Suas  experiências  de infância  criaram o homem que ele se tornaria, que não se dobraria nem permitiria medo ou fraqueza de qualquer forma. Não se importava com posses ou riquezas, só com a queda de seus inimigos"
- trechos retirados da nota histórica do primeiro volume da série -

Até a próxima, gente! Espero que tenham gostado da resenha. Não deixe de comentar! 

2 comentários:

  1. Eu sou doidaaa pra ler as Crônicas das Trevas antigas. Parece muito bom!
    Já tô no segundo volume da série O Conquistador... O Lobo das Planícies pode parecer um pouco maçante no início, mas vale à pena ser lido para poder chegar ao segundo volume! hahaha
    Super recomendo!


    Abraço, Alice!

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  2. Que bom ver uma resenha sua novamente!

    Bem, não li esse livro ainda, mas pelo que vi lembra bastante "Cronicas das Trevas Antigas", e por isso despertou meu interesse. Esse tipo de leitura costuma ser bem leve e envolvente.

    Mais uma vez, adorei a sua resenha, agradeço por ela.
    xx

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