Resenha (060) - Carrie, a estranha

sábado, 7 de setembro de 2013

Resenha (060) - Carrie, a estranha

Carrie, A EstranhaTítulo: Carrie, a estranha
Autor: Stephen King
Editora: Objetiva
Ano: 2001
Páginas: 164


Olá pessoal, como já disse na minha postagem anterior, esse livro foi minha primeira leitura de Stephen King. O livro, cujo nome original é somente Carrie, é o primeiro romance de King, o qual não existiria caso sua esposa não tivesse achado o manuscrito no lixo (King não gostou do resultado), e adorado, convencendo ele a publica-lo.

O livro conta a estória de Carieta White Carrie, uma adolescente que vive com sua mãe, uma religiosa fanática que enxerga o demônio em qualquer coisa que acredita que seu deus julgue ser errado, inclusive na própria filha, educando Carrie a base de surras e ameaças de mutilação.

Carrie não anda muito bem na escola, seus colegas zombam dela o tempo todo, e isso fez ela se fechar em seu próprio mundo. Em um momento do livro, Carrie tem seu primeiro ciclo menstrual no chuveiro da escola, devido a sua inocência ela não tinha nenhum conhecimento do que estava acontecendo, e virou motivo de piada para as outras garotas que seguiram a atormentando ainda mais.


Carrie possui poderes telecinéticos, ou como falado em alguns trechos, o gene TC. Através desse poder ela pode mover objetos com sua mente. Segundo sua mãe tudo isso é obra do demônio, portanto ela pratica seus poderes em segredo, até conseguir controla-los completamente

O ápice do livro encontra-se em um baile, onde Carrie foi convidada por Tommy, que faz parte do grupo dos populares, no entanto isso é apenas uma armação para humilhar ainda mais a garota.

A primeira leitura do grande mestre do terror para mim foi um tanto agradável tendo em vista que não gosto desse gênero. O livro é um pouco chato inicialmente, até que certo ponto é possível entrar no personagem. King conseguiu transmitir a inocência da personagem para o leitor, e mais do que isso, conseguiu manifestar a origem disso, fazendo a mãe de Carrie se tornar a maior culpada da vida atormentada da filha na estória.

Uma coisa que não gostei no foram os trechos de relatos ao longo do livro, a leitura algumas vezes acaba sendo interrompida. Outra coisa que me incomodou foi a ausência de demarcadores, tanto para a adição de relatos como para a troca de narrativa, muitas vezes acabava não sabendo em qual personagem estava a narrativa, e precisava voltar um pouco.

No geral gostei, consegui me prender na estória perto da metade do livro em diante, e em algumas partes a expectativa e a tensão foram bastante altas, quando percebi já estava perto do final. No entanto não encontrei nada que realmente possa atormentar ou deixar alguém noites sem dormir, achei que as cenas do ápice aconteceram de forma rápida demais e pouco detalhadas, isso poderia ser mais explorado, pois o que mais me atingiu foi a expectativa de algo acontecer do que acontecendo.

Contando com o fato de que esse foi o primeiro romance do autor, e que quase não foi publicado por ser considerado ruim pelo próprio autor, imagino que o restante das obras de King sejam tão boas ou melhores que essa, lerei mais livros do autor em breve. 

2 comentários:

  1. Ainda quero ler esse livro. De Carrie eu só vi o primeiro filme (depois tiveram mais duas outras versões, uma uma nova que está para sair). Já sei a história, mas pela resenha percebi que o livro tem mais coisas.

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  2. Carrie também foi a minha primeira leitura do King! Eu adoro o livro e o filme (assisti aos dois já lançados e estou contando as horas para ver o mais novo remake). É impossível não se sentir angustiado pela jovem Carrie e, até mesmo, não torcer para que ela castigue os que tanto lhe fizeram mal. Isso o King soube trabalhar muito bem.
    Abraços!

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