Resenha (022): O Circo da Noite

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Resenha (022): O Circo da Noite

Título Original: The Night Circus (MORGENSTERN, Erin).
Gênero: Fantasia
Editora Intrínseca, 368 páginas.

Sinopse: Sob suas tendas listradas de preto e branco uma experiência única está prestes a ser revelada: um banquete para os sentidos, um lugar no qual é possível se perder em um Labirinto de Nuvens, vagar por um exuberante Jardim de Gelo, assistir maravilhado a uma contorcionista tatuada se dobrar até caber em uma pequena caixa de vidro ou deixar-se envolver pelos deliciosos aromas de caramelo e canela que pairam no ar. Por trás de todos os truques e encantos, porém, uma feroz competição está em andamento: um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, treinados desde a infância para participar de um duelo ao qual apenas um deles sobreviverá. À medida que o circo viaja pelo mundo, as façanhas de magia ganham novos e fantásticos contornos. Celia e Marco, porém, encaram tudo como uma maravilhosa parceria. Inocentes, mergulham de cabeça num amor profundo, mágico e apaixonado, que faz as luzes cintilarem e o ambiente esquentar cada vez que suas mãos se tocam. Mas o jogo tem que continuar, e o destino de todos os envolvidos, do extraordinário elenco circense à plateia, está, assim como os acrobatas acima deles, na corda bamba.

A proposta desse livro chamou minha atenção desde a primeira vez em que o vi. Sempre adorei circos, e a sinopse despertou meu interesse. Bem, contando um pouco mais a respeito da estória, Celia tinha cinco anos de idade quando conheceu o pai, Hector Bowen (ou Próspero, o Mágico). Celia foi o resultado de um affair do pai, e agora a mesma encontrava-se desamparada, uma vez que sua mãe havia se suicidado.

De mágico, Hector não tinha nada. Ele possuía poderes sobrenaturais, porém, em seus números, fazia o público pensar que o que acontecia no palco não passava de meros números de ilusionismo.
Com a chegada de Celia, Hector percebe que a filha herdara dele o mesmo dom, o que fez com que ele a ensinasse a desenvolver suas habilidades (muitas vezes de uma forma muito cruel).
Percebendo o grande potencial da filha, Hector vê-se tentado em propor um desafio a um antigo rival, que, por sua vez, é Alexander H. O duelo é então proposto e aceito, e Alexander vai à procura de seu pupilo. Eis então que na estória surge Marco, um menino órfão que fora escolhido por Alexander para duelar com Celia.

Durante o período de "treinamento", Celia e Marco praticavam "no escuro". Não sabiam ao certo o porquê daquilo tudo, e seus orientadores não faziam a mínima questão de explicar. Um não sabia que era o oponente do outro. Só sabiam que o duelo aconteceria, mas onde, como e quando, não tinham a mínima ideia.
Os anos passam, Marco e Celia tornam-se belos jovens que se encontrariam em Le Cirque des Rêves. O  responsável pela criação do circo foi o excêntrico Chandresh Lefèvre, que por muito tempo recrutou artistas do melhor calibre para fazerem parte do circo e ajudarem a montá-lo. Porém, nem ele mesmo sabia que, bem debaixo do seu nariz, o circo era palco de uma disputa entre dois jovens.
O circo era extremamente peculiar. Era composto de diversas tendas, como a Labirinto de Nuvens ou a Jardim de Gelo, que ofereciam experiências sensoriais aos visitantes. Esses e outros lugares fascinantes do circo eram criados por Celia e Marco. E, bom, eu paro por aqui, para não estragar a surpresa.




No livro a autora não tem um espaço fixo no tempo. Em um capítulo o leitor encontra-se em 1896, por exemplo, e no outro em 1902. Isso se explica porque pararela à trama de Marco e Celia, há a de Bailey, um rapaz apaixonado pelo circo e que conhece Poppet e Widget, gêmeos de habilidades fantásticas. Poppet vê o futuro e Widget vê o passado. Devido a isso, Poppet prevê que o rapaz teria um papel fundamental no circo. No início essa variação do tempo pode parecer confusa, mas conforme o desenrolar da história as peças começam a se unir e fazer sentido.

Se me pedissem para descrever esse livro em apenas uma palavra, eu diria sem hesitar que é sutileza. Tudo o que Celia e Marco fazem durante o duelo gira em torno do circo, e é tudo tão sutil que, para mim, os dois acabaram tornando-se meras peças que compõem aquele lugar, bem como os demais personagens envolvidos na trama. Confesso que com relação ao duelo dos dois eu esperava bem mais.

Embora a leitura não tenha de certa forma atingido as minhas expectativas, eu recomendo. É um livro bom e muito bem escrito, nesse sentido Erin fez o dever de casa. Sem contar que o encanto do do circo foi o que me fez levar a leitura até o final. O fato da autora ter dado mais ênfase à estruturação do circo do que a dos protagonistas, que, a meu ver, não possuem nada de marcante, pode parecer um pouco decepcionante de início (confesso que no início pareceu pra mim), mas o próprio nome do lugar já diz tudo: Le Cirque des Rêves, ou o circo dos sonhos, é um lugar para deixar a imaginação fluir e viajar no encanto das tendas e dos mistérios do mesmo.

Bom pessoal, espero que tenham gostado da minha resenha. Não deixem de dar a opinião de vocês, é sempre muito bem-vinda. Até a próxima!

3 comentários:

  1. Já li várias resenhas desse livro e a cada uma que leio me interesso mais ainda pelo livro =)
    Abraços

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  2. Achei meio sem noção esse livro. É muito complexo, a história parece que não sai do lugar e o romance até que foi bonitinho, mas foi meio doido demais pra colar. Gostei do livro, muito, só achei muito esquisito....

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  3. Até a metade do livro ele fica bem complexo, mesmo. A variância do tempo e dos fatos só começam a ter sentido mais pro final.
    Mas fora isso o livro teve seu lado positivo... o circo em si é muito legal.

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