Alfinetada Literária (003): Divergente

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Alfinetada Literária (003): Divergente

Labirinto imaginário apresenta:
Alfinetada Literária 003: Divergente!
Sem muita enrolação, vamos logo a parte interessante: SENTA O AÇO!

Blood: Round One!
Também conhecido como Divergent

 O livro em si é bastante bom, apesar de parecer que foi inspirado num romance ridiculo desses que nós estamos acostumados a ler e desprezar. E mais uma vez estamos sofrendo de síndrome de Edward Cullen. Nossa amiga Bella Swan também está sendo muito bem representada pela Tris em certos momentos e um livro que era pra ser nota 10 acabou se tornando maçante em alguns momentos.
Lembram da minha resenha, quando eu disse que algumas pessoas ficaram decepcionadas com o livro? Pois é. Sou uma delas! E agora: O Capitólio quer sangue!



Síndrome do Personagem Principal Viado  (SPPV)
Agora nossas amadas autoras estão com uma fixação por essa doença meus caros amigos. O personagem principal dos livros modernos tem que ser um grande viado respeitador de mulheres, esperar o tempo da menina, e não pode ter o mínimo desejo pelo corpinho dela. Tudo bem, um cara que não está interessado só no seu corpo, um cara que te respeita é legal, agora por favor, não me digam que a mocinha se jogar em cima do cara e pedir: "Pelo amor de Deus vamos pra cama." e ele dizer: "Não... Eu tenho medo de te magoar" é o que uma mulher espera de um homem. Porque sinceramente, isso é pura viadagem. Homens de verdade vão respeitar um não, e saber esperar, mas essa Síndrome da bicha passiva invenção de que o homem perfeito é afeminado e não tem desejo sexual nenhum já passou da época de ser extinta. 

Não... eu não sou homofóbico, e não estou dizendo que ser gay é irritante. estou dizendo que chamar isso de "Homem ideal", é irritante.

Olá, Meu nome é modinha!
Hoje os livros de romance são obrigados a seguirem um roteiro.
A história começa. A Mocinha encontra um problema. Ela se da mal. Ela conhece o mocinho. Eles se apaixonam a primeira vista, sem nenhum motivo aparente, sem nem mesmo terem se falado. Ela resolve investir nele. Ele acaba caindo aos encantos dela, mas ainda assim não deixa de ser uma bicha passiva defensivo com ela. Mais problemas aparecem. Eles encontram dificuldades. Eles destroem as dificuldades juntos, sempre acabando sozinhos pelo caminho, ela sempre querendo desesperadamente dar para ele ir um pouco adiante na relação. E ele sempre não querendo dar no coro preocupado demais com os problemas do mundo para que qualquer coisa aconteça. Eles vencem no final, e acabam juntos e felizes para sempre, e por incrível que pareça, virgens para sempre, aparentemente. Eu não sei quando essa moda vai acabar, mas espero que seja logo.

Esse livro é ótimo. Só que não.
Divergente tinha tudo para ser um livro de primeira. Tris é forte e interessante, Quatro é carismático e tem seus momentos momentos legais, e o livro tem sua ação e comédia bem desenvolvidas. É a insistência nesse romance da atualidade que consegue baixar a qualidade do que era pra ser um dos melhores livros novos. Algumas pessoas conseguem "esquecer" esses detalhes, mas aqueles que sempre acham que podia estar melhor consideram esse livro um dos maiores fracassos já lidos. O mundo que foi criado e muito bem planejado, e que mostra um universo bastante interessante e fácil de ser trabalhado foi simplesmente jogado na lama pela mania de impor romances forçados em boas obras.

Final Surrealista.
Vocês lembram de Lost? Vocês lembram do final de Lost? Onde tudo que você perguntou ficou sendo perguntado e você acabou sem entender nada? Pois é. Se você ler divergente, você vai querer um final igual a Lost. Porque acredite parceiro: Era melhor não saber. Vou evitar Spoilers aqui. Mas esteja pronto pro final mais ridículo que você vai ler na sua vida. SPOILER* Você vai passar o livro todo vendo guardas armados na fronteira, vendo pessoas falando de um segredo onde "o que tem do lado de fora" pode destruir tudo. E no fim, o que tem do lado de fora é só o resto do mundo... que está em colapso. Onde a cidade em que o livro acontece é apenas uma cidade que foi isolada para ser a salvação da humanidade. e que os guardas não eram pra proteger a cidade, e sim para que ninguém pudesse sair dessa "experiência."*FIM DO SPOILER


Blood Round Two!


Se você é gay e acabou ficando ofendido por alguma coisa lida aqui, quero lembrar que tudo tem um tom humorístico e que minha intenção em momento algum foi de ser contra homossexualidade ou algo desse tipo.
Alfinetadas como sempre serão bem vindas e obrigado pela atenção de quem leu o/


Blood Round Three!

Sem dedicatórias dessa vez. Só vou citar uma frase:
Você me fez querer ler o livro com a Resenha, e tirou minha vontade de ler ele com a Alfinetada. 

Final Round!

Graças a insistência de uma certa pessoa que eu não vou dizer que foi a Alice (Que novidade) Companhia Negra pulou na frente de Crônicas do Mundo Emerso e vai ser a próxima alfinetada. Isso quer dizer que vai demorar um pouco.
Até lá boas leituras a todos.

Como Anotação Final: Se você criar um cenário maravilhoso. Crie uma história digna, sem se preocupar com modinhas e lucros, e mantenha sua dignidade até o fim. 

3 comentários:

  1. Ri muito com a "Síndrome da bicha passiva"! HASUHUSAHUSAHUSAHUSA

    Concordo com várias coisas que você escreveu, tanto é que acabei não gostando muito do livro.

    http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2013/01/resenha-divergente-veronica-roth.html

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  2. Como eu já havia dito, você é a única pessoa com a capacidade de fazer uma resenha que me deixe com muita vontade de ler um livro e, em seguida, uma alfinetada que acabe com essa vontade.
    Vejo umas influências conhecidas nessa alfinetada, o que deixou muito bom!
    Mais uma vez, obrigada por compartilhar seu ponto de vista sincero.
    Aguardo a tão desejada alfinetada de Companhia Negra.

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  3. Eu e meus poderes mágicos!
    Influências conhecidas?! Calúnia! Não sei do que você está falando. *Espirra*
    E a namorada do dono do Blog vai me trucidar se eu exagerar no compania negra. HAHAHAHA
    E Como sempre , obrigado pela presença.

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